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Memórias do Campo | Trajetória política de Getúlio Vargas

Por: Luiz Dalla Libera
26/08/2019 15:08

Passados 65 anos, com apenas 10 anos eu ainda tinha pouca memória, mas ainda me lembro da morte do presidente Getúlio Vargas. No amanhecer do dia 24 de agosto de 1954, mesmo que a comunicação não fosse como hoje, digital, a notícia de que Getúlio havia falecido correu para todo o canto.

Vou escrever através do Jornal LÊ NOTÍCIAS sobre um pouco da história por trás dessa morte, através do conhecimento de uma carta deixada por ele antes de morrer, escreverei apenas as frases mais interessantes. O motivo da morte deve ter acontecido por uma grande emoção, tristeza e desgosto conforme a carta deixada, enfrentando a administração cheia de dificuldades e duras críticas, uma delas sobre a crise do café.

Getúlio tentou defender o preço e recebeu uma resposta violenta e negativa da economia, obrigando-o a exportar a qualquer preço para outros países, além de ter enfrentado sérios problemas com a Petrobrás. Ele foi a maior vítima do ódio, tanto, que na sua carta relatou “Ao ódio respondo com o meu perdão aos que pensam que me derrotaram, respondo com a minha vitória, fui escravo de um povo, mas não serei mais escravo de ninguém, saio da vida e entro na história da eternidade, se as aves rapinas querem o sangue de alguém, eu ofereço o meu e também meu corpo”.

Disse mais quando a fome bater em vossas casas, lembrai-vos de Vargas, hoje não adiante dizer que o Brasil é um grande produtor de alimentos, se os alimentos são exportados para países de primeiro mundo para fortalecer o PIB? E no Brasil ainda há muita gente passando fome.

Getúlio Vargas partiu, mas foi um bom exemplo a nós, o ódio será respondido com o perdão, nunca vi um que odeia tanto a ser maior ou melhor odiado. Obrigado.


SAUDADE, GETÚLIO!

Agradeço ao bravo Jornal LÊ NOTÍCIAS

Por me reservar esse cantinho

Ou um canto de espaço inteiro

A fim de escrever essa poesia.

Parte da vida e morte

Do maior estadista brasileiro

Getúlio Dornelles Vargas

Foi um grande herói, varonil

Morreu, mas deixou seu nome

Que jamais será esquecido

No nosso querido Brasil

Para os bugres e índios foi amigo

Para a pobreza foi um verdadeiro pai

O Brasil inteiro sabe, porém se cala e não diz.

Enquanto existir Brasil, o nome dele não cai

Pela falta que Getúlio tem feito, em todo nosso País

Abril de um, oitocentos e oitenta e três

De seu pai Manoel do Nascimento Vargas

E sua mãe dona Cândida Dornelles

Nascia um menino que ganhou o nome de Getúlio

Foi um grande herói e talento

Que mais tarde para o nosso Brasil

Trouxe paz e desenvolvimento

Getúlio foi um grande herói lutador,

Nos combates era combatente

Apesar da idade muito nova

Às vezes se encontrava meio doente

Mas ele pedia ao comandante

Na linha de frente

Defender as quatro cores

Do Brasil e da nossa gente

Em seus mandatos de presidente,

Ele fez muitas coisas ótimas e boas

Mas também cometeu algumas besteiras

Por volta do ano de quarenta e cinco

Criou uma pequena lei

Muito dificultosa para os imigrantes estrangeiros

Que só podiam falar em língua brasileira

A renúncia do ex-presidente Jânio

Até hoje é segredo e sigilada

Mas a morte de Getúlio Vargas

Por ele mesmo foi anunciada

A população só soube após a morte

Ele deixou uma carta escrita

Um anúncio, que escreveu e desabafou também:

Eu fui escravo de um povo!

Mas este povo que fui escravo

Não será mais escravo de ninguém

Ao ódio respondo com o meu perdão

E aos que pensam que me derrotaram

Respondo com minha vitória

Saio da injúria

E vou entrar no campo da glória

Na última frase, desabafou assim:

Quando estiverem tristes e desconsolados,

Ou a fome bater em vossas portas,

Lembrai-vos e recordai-vos de mim

Enquanto Getúlio vivia era odiado, injuriado e perseguido

Igual a uma cobra venenosa e de muito veneno

Porque seu governo era de igualdade,

Independentemente de seus credos, cores e raças

Ele valoriza o grande, o médio e o pequeno

Segue uns direitos e leis boas que Getúlio criou:

Direito de trabalho com carteira assinada

Após aquela data e época,

O trabalhador passou a ter seus direitos na hora

Que em tempos passados

Se o trabalhador ficava doente ou machucado

Não tinha direito algum

Acertavam o seu trabalho e mandavam embora

Peço que ninguém seja enganado

Para eu defender e elogiar Getúlio Vargas

Podem pensar que foi convite deste jornal

Ou que meu saudoso pai

Estava como político ao seu lado.

Muito pelo contrário, meu saudoso pai era do antigo PSD

Pessoa justa e certa, mas ferrenho adversário

Junto com os Lunardi e Bertaso

Contra Getúlio Vargas

E a favor de seu concorrente, Cristiano Machado

Encerro essa minha poesia,

Que muita gente também deveria escrever

Mas que faço sem nenhuma dificuldade.

Na primeira vez que votei em Xaxim,

A convite do saudoso doutor Ari Lunardi

O PTB de Xaxim passou a me pertencer,

Mas com a ditadura militar

No Partido Trabalhista Brasileiro ninguém mais votava

Pela extinção de todos os amigos partidos,

Mas ingressamos e afiliamos no Manda-Brasa


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